Jovens Talentos são destaque no Jornal O Globo
Na edição de hoje da Revista Megazine, que integra o Jornal O Globo, o elenco de ''O Despertar da Primavera'' e de ''Hairspray'', em cartaz no Rio de Janeiro, foram destaques.
Confira o trecho da matéria que fala a respeito de Malu Rodrigues
DESPERTANDO PARA OS MUSICAIS
A nova geração de atores e atrizes, entre 15 e 20 e poucos anos, que canta e dança em grandes espetáculos
Tem (muita) gente nova no pedaço. Por pedaço, entenda-se “musicais em cartaz na cidade”. Por gente nova, leia-se não só “rostos desconhecidos”, mas também “pessoas de idade”. Espetáculos como “O despertar da primavera” e “Hairspray”, em que atores cantam e pelo palco com desenvoltura, vêm revelando galera de 15 a 20 e poucos anos que vista. E ouvida.
Não foi à toa que, quando começaram a selecionar elenco do musical “O despertar da primavera”, Charles Möeller e Claudio Botelho recorreram ao MySpace. As pessoas colocavam próprio site vídeos em que estivessem E a partir de lá podiam ser chamadas as audições.
- Foi a primeira vez que utilizamos o MySpace isso — conta Möeller. — Exatamente ele tinha uma pegada jovem e era o que pedia o musical. Muita gente apareceu por lá. Alguns estão no espetáculo.
As idades do elenco de “O despertar…”, Teatro Villa-Lobos, vão de 16 a 25 anos. E não poderia ser diferente. A peça, publicada por Frank Wedekind em 1891, trata juventude no final do século XIX, com os conflitos possíveis: sexualidade, incesto, suicídio e opressão, misturando canções pop e punk. No papel principal está Malu Rodrigues, de 16.
Reunimos aqui as histórias de meninos e meninas que só ouvem elogios de seus diretores.
Os 19 que estão no elenco de “O despertar…”, por exemplo, passaram por uma peneira que começou com 3 mil pessoas.
— Eles já chegaram com gana de vencedores. Surpreendendo mesmo. O que tinham de inexperiência me deram em frescor — diz Möeller.
MALU RODRIGUES, 16 ANOS
Na estreia de “O despertar da primavera” para convidados, Malu Rodrigues resolveu que, ao contrário do normal, iria rezar antes da rodinha de aquecimento vocal dos atores. Com a plateia ainda vazia, ajoelhouse no fundo do palco e olhou para baixo. Levantou o rosto para a plateia novamente e percebeu que lá estava uma única pessoa: a crítica Barbara Heliodora.
— Ela entrou primeiro para se sentar, pois já é uma senhora. Foi inesperado! Posso te dizer que a reza, depois disso, ficou muito mais intensa — conta.
O talento da menina, bem mais do que a oração, rendeu uma ótima crítica da temida Barbara, no dia seguinte.E não era para menos, Malu é a protagonista do musical, no papel de Wendla. Depois de ter atuado em “A noviça rebelde”, disse para Charles Möeller e Cláudio Botelho, responsáveis pelas duas montagens, que queria muito fazer um teste para “O despertar…”.
Ela, que também atuou em “7 — O musical”, estudou por oito meses para o novo musical. Como se isso não bastasse, ainda precisou ser emancipada pelos pais para o trabalho, por causa da temática e das cenas fortes da peça: há uma de sexo, especificamente, em que ela fica sem a parte de cima do vestido.
— Meu pai me acompanha sempre, mas nunca o havia deixado assistir aos ensaios.
Não fiquei com vergonha quando a minha família esteve na plateia. Todos, até a minha avó, se emocionaram e choraram muito.
Malu ainda está no 1º ano do ensino médio e não vê a hora de a escola acabar. Hoje, além da peça e dos estudos, ainda faz aulas de canto. E guarda todo o dinheiro que ganha para investir no futuro.
— Vou gastar tudo com cursos no exterior.
Confira o trecho da matéria que fala a respeito de Malu Rodrigues
DESPERTANDO PARA OS MUSICAIS
A nova geração de atores e atrizes, entre 15 e 20 e poucos anos, que canta e dança em grandes espetáculos
Tem (muita) gente nova no pedaço. Por pedaço, entenda-se “musicais em cartaz na cidade”. Por gente nova, leia-se não só “rostos desconhecidos”, mas também “pessoas de idade”. Espetáculos como “O despertar da primavera” e “Hairspray”, em que atores cantam e pelo palco com desenvoltura, vêm revelando galera de 15 a 20 e poucos anos que vista. E ouvida.
Não foi à toa que, quando começaram a selecionar elenco do musical “O despertar da primavera”, Charles Möeller e Claudio Botelho recorreram ao MySpace. As pessoas colocavam próprio site vídeos em que estivessem E a partir de lá podiam ser chamadas as audições.
- Foi a primeira vez que utilizamos o MySpace isso — conta Möeller. — Exatamente ele tinha uma pegada jovem e era o que pedia o musical. Muita gente apareceu por lá. Alguns estão no espetáculo.
As idades do elenco de “O despertar…”, Teatro Villa-Lobos, vão de 16 a 25 anos. E não poderia ser diferente. A peça, publicada por Frank Wedekind em 1891, trata juventude no final do século XIX, com os conflitos possíveis: sexualidade, incesto, suicídio e opressão, misturando canções pop e punk. No papel principal está Malu Rodrigues, de 16.
Reunimos aqui as histórias de meninos e meninas que só ouvem elogios de seus diretores.
Os 19 que estão no elenco de “O despertar…”, por exemplo, passaram por uma peneira que começou com 3 mil pessoas.
— Eles já chegaram com gana de vencedores. Surpreendendo mesmo. O que tinham de inexperiência me deram em frescor — diz Möeller.
MALU RODRIGUES, 16 ANOS
Na estreia de “O despertar da primavera” para convidados, Malu Rodrigues resolveu que, ao contrário do normal, iria rezar antes da rodinha de aquecimento vocal dos atores. Com a plateia ainda vazia, ajoelhouse no fundo do palco e olhou para baixo. Levantou o rosto para a plateia novamente e percebeu que lá estava uma única pessoa: a crítica Barbara Heliodora.
— Ela entrou primeiro para se sentar, pois já é uma senhora. Foi inesperado! Posso te dizer que a reza, depois disso, ficou muito mais intensa — conta.
O talento da menina, bem mais do que a oração, rendeu uma ótima crítica da temida Barbara, no dia seguinte.E não era para menos, Malu é a protagonista do musical, no papel de Wendla. Depois de ter atuado em “A noviça rebelde”, disse para Charles Möeller e Cláudio Botelho, responsáveis pelas duas montagens, que queria muito fazer um teste para “O despertar…”.
Ela, que também atuou em “7 — O musical”, estudou por oito meses para o novo musical. Como se isso não bastasse, ainda precisou ser emancipada pelos pais para o trabalho, por causa da temática e das cenas fortes da peça: há uma de sexo, especificamente, em que ela fica sem a parte de cima do vestido.
— Meu pai me acompanha sempre, mas nunca o havia deixado assistir aos ensaios.
Não fiquei com vergonha quando a minha família esteve na plateia. Todos, até a minha avó, se emocionaram e choraram muito.
Malu ainda está no 1º ano do ensino médio e não vê a hora de a escola acabar. Hoje, além da peça e dos estudos, ainda faz aulas de canto. E guarda todo o dinheiro que ganha para investir no futuro.
— Vou gastar tudo com cursos no exterior.
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